domingo, 8 de março de 2009



Adoração Extravagante!



por Ramon Tessmann




Se há uma expressão muito comentada nestes últimos dias é a tal da adoração extravagante. É comum ouvirmos críticas e comentários, bem como conhecermos ferrenhos defensores e analistas do tema. Desde já deixo claro que não quero me envolver com questiúnculas, pois creio que Jesus não está preocupado se estamos usando um termo agressivo ou se o nosso dicionário fala isso ou aquilo sobre ¿extravagante¿. Extravagante quer dizer ¿insensato¿ ou ¿extravasante¿? Penso que discutir isso é perda de precioso tempo (Tito 3:9).




O fato é que adoração extravagante e religiosidade extravagante existem há muito tempo. Um dos atos de adoração mais estranhos, insólitos e extravasantes que conheço foi praticado por Maria, irmã de Lázaro (aquela que foi ¿imortalizada¿ por Jesus em Mt 26.13). O texto mais detalhado dos 4 evangelhos encontra-se em Lc 7.36. Por favor, leia na Bíblia antes de prosseguir.




A princípio é importante que entendamos a história ¿por trás¿ do relato bíblico. A festa foi organizada por Simão (o leproso) para homenagear Lázaro, que fora ressuscitado por Jesus. No vs 36, vemos que Jesus era um mero convidado. Isto quer dizer que, mais uma vez na história do homem, o curado recebe mais atenção que o Curador.




A mulher pecadora (Maria) talvez estivesse percebendo, lá da rua mesmo, que as homenagens prestadas ao seu irmão, estavam desonrando Jesus. E como as mulheres não podiam participar dos banquetes masculinos, ela tinha que ficar do lado de fora. Mas Maria estava profundamente grata a Jesus pelo milagre que Ele havia feito. E algo estava errado naquela festa. Você sente a semelhança com alguns de nossos eventos de hoje?




Em questão de minutos a mulher vai até sua casa, pega um vaso cheio de ungüento (de nardo puro). O perfume representava suas economias de muito tempo, e equivalia a 1 ano de salário de um trabalhador. O nardo era uma planta odorizante, e seu bálsamo era muito caro, importado do Norte da Índia. Com essa disposição de ofertar o seu bem mais precioso Maria começava a adorar com extravagância.




No vs. 37 ela entra esbaforida e ansiosa na casa do fariseu Simão. Vendo Jesus à mesa, ela se derrama aos pés dele e chora copiosamente, ¿lavando¿ os pés de Jesus com suas lágrimas de amor e de adoração abundante. Como ninguém lhe estendeu um lenço ou uma toalha, Maria praticou mais um ato extravagante e arriscado: Soltou os cabelos e começou a enxugar os pés de Jesus. Naquela época as mulheres não podiam andar com o cabelo solto, apenas em casa na presença do marido. Talvez alguns ex-clientes da mulher pensaram consigo: Oba, Maria está de volta à ativa!




Enquanto a mulher estava em adoração extravagante, o fariseu vivia sua religiosidade extravagante. No vs 39 ele pensa consigo: O que esta mulher está fazendo? Se Jesus fosse profeta não permitiria essa barbaridade, essa baixaria!.




Jesus com toda paciência lamenta: Oh fariseu querido, quando eu entrei na sua casa nem educado você foi. Você esqueceu até de oferecer água para lavar os meus pés. Não me deste ósculo; ela, entretanto, não parou de beijar meus pés. (Obs: os fariseus eram tão religiosos e cegos, que na questão espiritual estavam mais distantes de Deus que a maioria do povo. Nisso eles eram campeões!).




Se alguém acha que se emocionar e se expressar com extravagância na presença de Deus é pecado eu não posso falar nada. Como diria um ¿sábio¿ da televisão brasileira: Minha boca é um túmulo! Só sei dizer que Jesus não repreendeu a mulher. Por outro lado, repreendeu o fariseu. Só sei dizer que a mulher fora recompensada com o perdão dos pecados e com a salvação (Lc 7.50). Já Simão levou uma ¿chicotada¿ das mais doídas de Jesus (você percebe alguma semelhança com Mical???). Penso que Simão só não ficou estéril porque era homem :-)




O fariseu é um religioso extravagante. Ele vem pra igreja e não oferece nada. Ele é orgulhoso, ele se acha superior e espiritual demais. Ele não gosta de se expor e de se expressar na presença de Deus. Ele condena a adoração dos outros, por mais ¿correta¿ que pareça. Ele se apega a questiúnculas. Ele quer discutir sobre coisas pequenas, mas se esquece da essência da adoração.




Nós precisamos ser adoradores, não religiosos. Nós precisamos oferecer a Deus algo de valor, como a mulher ofereceu o ungüento precioso. Precisamos adorar com humildade, e expressar nosso louvor sem qualquer tipo de vergonha e medo. Não devemos nos preocupar com os religiosos extravagantes, eles sempre vão estar lá. Sempre vão estar questionando, mas Jesus estará recebendo sua adoração, Jesus estará satisfeito com você!




O que você prefere ser? Um adorador extravagante ou um religioso extravagante? Pense nisso... a escolha é sua.

segunda-feira, 2 de março de 2009


COMO NOSSO DEUS É??

Jesus disse a Felipe que quem vê Ele, vê o Pai. Para quem quer saber como é Deus, basta olhar para como era Jesus nos Evangelhos. Sendo assim, Jesus que é Deus conosco, é como Deus se revela a humanidade. Eu sempre tive curiosidade de saber como Deus é. Os religiosos informam que Deus é como Bin Laden, um Terrorista Cósmico que, a qualquer momento, pode nos explodir. Alguns crêem em Deus como um Papai Noel ectoplasmático.

Bonachão, bobão, a distribuir presentes a crianças mimadas e exigentes. Outros ainda, acreditam num deus menor, portátil, sujeito à erosão. A gente carrega esse deus no bolso e ele pode ter a cara de qualquer um dos zilhões de ídolos criados pela arte e imaginação dos homens. Mas, Como Deus é? Olhando para Jesus, nos Evangelhos, a gente pode ver que Deus é SIMPLES. Jesus nasceu num lar simples, viveu uma vida singular de simplicidade, convivia bem com gente simples. Deus é HUMILDE. Impossível alguém mais humilde que Jesus de Nazaré. Faz milagres e não toca trombeta.

É filho de Deus, mas vive como Filho do homem. Deus é MEIGO. Meigo é carinhoso. Tratava bem as crianças, abençoando-as. Andava por toda parte, fazendo o bem, expulsando demônios e curando a todos. Deus é MISERICORDIOSO. Para mim, o melhor lugar para jogar um pecador ou uma pecadora é... aos pés de Jesus. Aos pés dos fariseus, prepare-se para ser apedrejado, difamado, agredido, insultado, caluniado.

Em Cristo, achamos perdão e vida. Deus é AMOR. Jesus amou o mundo de tal maneira que deu sua vida em resgate da nossa. Nem nos conhecia e nos amava como se íntimos fôssemos. Deus é SENSÍVEL. Jesus chorou a recusa em Jerusalém se arrepender. Lamentou até às lágrimas o sofrimento das pessoas de sua época. Chorou quando visitou o túmulo de Lázaro. Olhava com atenção o lírio, o pardal, as pessoas. Nosso Deus é sensível. Deus é TODO-PODEROSO. Jesus andou sobre... as águas do mar da Galiléia! Repreendeu uma tempestade. Venceu até a morte!

Deu vista a cegos, curou toda sorte de enfermidades. Satanás beijou a lona sucessivas vezes nos embates que teve com Ele. Enfim, Deus é JUSTO. “Quem dentre vós me convence de pecado?” Ninguém deu um pio. Tratou as mulheres com justiça. Tratou os fariseus como eles mereciam. Ninguém conseguiu corromper o ideal do Mestre. Ele era – e é – justo! Se você quiser saber como Deus realmente é não pergunte a ninguém. Consulte você mesmo a vida de Jesus nos Evangelhos. Você vai se surpreender, se emocionar e amar quem o Pai é no Filho.



Escrito pelo Pr Geraldo Magela
http://www.pastorgeraldomagela.com/